Brasil deve R$ 10,1 bilhões a organismos internacionais, mas só reserva R$ 2,2 bilhões
O Brasil precisa pagar R$ 10,1 bilhões a mais de cem organismos
internacionais, considerando dívidas acumuladas e compromissos agendados
para 2021. Apesar disso, o Orçamento proposto pelo governo só reservou
R$ 2,2 bilhões para as entidades neste ano (ou 21% do necessário).
A restrição orçamentária deve agravar o cenário de inadimplência com
as entidades internacionais, que cresceu de forma significativa no
governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O quadro vem gerando alertas do
Itamaraty, que vê riscos de prejuízos políticos e até sanções como a
perda do direito a voto em discussões. O total a ser pago é resultado de
R$ 6 bilhões em dívidas acumuladas até o fim de 2020 e outros R$ 4,1
bilhões em parcelas previstas para 2021.
Houve crescimento de 483% nas dívidas a organismos internacionais em
2019 e de 169% em 2020. Antes de Bolsonaro, entre 2015 e 2018, o avanço
anual médio era de 24%. Os valores obtidos pela Folha mostram que
cresceu também o número de entidades com recursos a receber. Em 2018,
eram 10. Em 2019, 92. Em 2020, 107.
Estão na lista das pendências a ONU (Organização das Nações Unidas) e
diferentes braços da entidade como OIT (Organização Internacional do
Trabalho), OMS (Organização Mundial da Saúde), Unesco (voltada a
educação, ciência e cultura) e FAO (alimentação e agricultura).
FOLHAPRESS
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