Opinião: O que aconteceu no Rio de Janeiro, é culpa do governo: municipal, estadual, federal e da Justiça
Ninguém está a cima da lei. Todos que infringirem a Constituição é para serem punidos. Acontece que o crime vem de cima para baixo. As favelas do Rio é o acúmulo de injustiças sociais e humana desde abolição dos cortiços, associando ao fim da escravidão, quando foram abandonados depois de trabalharem 300 anos para elite sem levarem nenhuma recompensa. O não cumprimento do Império aos soldados que foram exterminar a próspera comunidade de Canudos no Sertão da Bahia, o que lhe restou foi um terreno na favela.
O crime organizado cresceu, se fortaleceu aos olhos do Estado, em muitas ocasiões sendo aliado dos mandatários. Uma cumplicidade que permitiu a criação de um Estado paralelo para o sofrimento de um povo que sofre as mazelas dos dois: Do institucional o abandono de políticas públicas; Do crime a crueldade dos foras da lei que impõe a tortura, extorsão e medo a desprotegida sociedade de trabalhadores que habitam as favelas e as cidades.
Tenho visto o debate rasteiro, oportunista e politiqueiro, travado nas redes sociais. Na verdade só tem um perdedor nessa situação o povo. A situação extrapolou os limites do suportável, o Estado paralelo montou seu próprio e poderoso exército, ao ponto que achou que pode enfrentar o Estado institucional. Ai virou guerra, e os efeitos da guerra todos sabem com é, violência mortes e tristeza.
O Município, Estado e a União, tem culpas no conjunto da ópera, ambos deixaram de cumprirem o seu papel na construção de uma sociedade: justa socialmente, próspera e segura. Repudiamos todos os tipos de violência, vindo do Estado ou do Crime Organizado. Vivemos um estado de direito democrático, e não será com matança que construiremos a paz. Para os que acreditam na violência como modelo de paz, estão muito enganados.
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