Carnaubais da Minha Infância XVIII
Na Carnaubais da minha infância, adorava ouvia falar sobre as atividades do próspero empresário agropecuarista Abel Alberto da Fonseca, que chegou ao Poço da Lavagem em 1910 e desenvolveu um forte modelo empreendedor, que muito contribuiu para o desenvolvimento de nossa formação como povoado e Vila. Homem de forte atividade empresarial e agropecuarista. Além de proprietário de várias propriedades arrendava carnaubal para o extrativo do pó da carnaúba, grande produtor de algodão e de uma indústria em que descaroçava o algodão, dono de engenho que produzia rapadura. Possuía uma casa no Purriem e na Vila de Santa Luzia, possuía um belo sobrado.
Mas uma das conversa que ouvia e me chamava muito a atenção, era a dos seus carros de boios, dos seus dois carreiros de confiança, Fernando Dantas e Francisco Jerônimo, sendo Fernando Dantas, de mais confiança dos trabalhados domésticos. Sendo Fernando, que conduzia a sua esposa a Srª Iracema Borja a cidade do Assú, quando necessitava abastecer a sua dispensa. O robusto carro era todo de madeira, quando saia do Purriem, de longe ouvi-se o cantar do giro das rodas em que o carreiro usava cebo de gado com carvão no encaixe da roda com o eixo, no qual produzia um gemido que de longe ouvia-se o cantar do carro de boi, em que atraia a atenção dos curiosos que aguardavam o passar do carro em busca do Assú. Cada carro de boi de Abel, eram puxados por 4 juntas de boios.
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