sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

A consciência brasileira é formada por quatro sombras segundo o Ecoteológo, Filosófo e Escritor Leonardo Boff

 Perfil do Colunista 247

Muito profunda o estudo definido pelo teólogo Lenonardo Boff, que o denominou de quatro sombras, entende "sombra" no sentido psicanalítico  da descola de C. G. Jung e discípulos. Aponta as razões pelo qual a nação chegou a Jair Bolsonaro.

As quatro sombras reprimidas pela consciência coletiva


1ª Sombra aponta o genocídio indígena, segundo Darcy Ribeiro existia de 5 a 6 milhões de indígenas e mais de centena de línguas, fato único na história mundial. Foram praticamente dizimados. Lembra o massacre de de Mem de Sá em 31 de maio de 1580 que liquidou com os Tupiniqui da capitania de Ilhéus. Pior ainda foi a guerra declara oficialmente por D. João VI em 13 de maio de 1808 que dizimou os Botokudos no Vale do Rio Doce. Essa guerra manchará para sempre a memória nacional. Essa vergonhosa guerra oficial de um Imperador impiedoso, tido por bom. 

O atual governo de Bolsonaro numa ignorância considera os povos indígenas  de sub-humanos. 

 

2ª Sombra é nosso passado Colonial, não ocorreu  uma descoberta do Brasil e sim uma invasão, destruindo os índios e impondo uma cruel injustiça social Esse processo de submetimento surgiu o complexo do vira-lata, achar que é bom só o que vem de fora ou de cima, baixar a cabeça e abandonar qualquer projeto de autonomia própria. ao ponto que o chefe da nação brasileira fazer uma viagem especial aos EUA, saudar a bandeira norte-americana e prestar um rito explicito de vassalagem ao presidente Donald Trump, o mais estúpido da história.


3ª Sombra a mais perversa de todas foi a escravidão. O Brasil foi o campeão da escravidão, foram importados 4,9 milhões de escravos Africanos, tratados como mercadoria, chamados de peças. A história da escravidão foi construída pelas mãos brancas com muita crueldade prolongada até os dias atuais contra a população negra. Feita a libertação em 1888 não foi feito nenhuma compensação ao negros, foram largados ao deus-dará e compõe hoje a maioria das favelas. Nunca se lhe reconheceu a mínima humanidade. A classe transferindo o ódio ao escravo se acostumou a humilhá-lo, a ofenderem até perderem o senso de sua dignidade. essa sombra pesa enormemente na consciência coletiva e é a mais recalcada na afirmação mentirosa de que aqui não  tem racismo nem discriminação. No atual governo isso foi desmascarado pela violência sistemática contra a população estimulada pelo próprio chefe de estado que tem conduzido uma política necrófila.


4ª Sombra é a Constituição de um Brasil só para poucos. Escreve José Honório Rodrigues " maioria dominante foi sempre alienada, antiprogressista, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo; negou-lhe seus direitos, arrasou sua vida e tão logo viu cresce-la, lhe negou pouco a pouco sua aprovação, conspirou para colocá-la na periferia no lugar que julga que lhe pertence. Não foi o que exatamente fizeram com Dilma e depois com Lula? Mudam as estratégias mas nunca seus propósitos de um Brasil só para eles. Nunca ouve um projeto nacional que incluísse a todos. Projetou-se um Brasil para poucos. Os outros que se lasquem. Assim temos um Brasil profundamente cindido entre poucos ricos e as grandes maiorias pobres, um dos países mais desigual do mundo, o que significa um país violento e cheio de injustiças sociais. Machado de Assis já havia observado que existe dois Brasis, o oficial (este de poucos) e o real (das grandes  maiorias dos excluídos).

 


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