O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim alertou para a delicada situação da Bolívia, após Evo Morales renunciar ao cargo e outro grupo político chegar ao poder por meio de um golpe.
Está havendo um massacre muito violento, com uma espécie de 'Lei Moro' lá, licença para matar", disse. "Os ânimos estão acirrados e o risco de uma guerra civil é muito grande", acrescentou em entrevista ao Viomundo.
Amorim também destacou a falta de articulação do governo brasileiro com outros países e afirmou que Jair Bolsonaro não "nem amor" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Amorim alertou para os prejuízos de um alinhamento automático com os EUA em detrimento de um certo distanciamento de outros países.
"Ele (Bolsonaro) depende dos fanáticos, seja pela violência, seja pelo lado religioso, mas depende também de outros setores, precisa da China", afirmou o ex-chanceler, para quem o governo é muito "impregnado de ideologia".
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