terça-feira, 30 de novembro de 2021

Carnaubais da minha Infância XV

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Carnaubais sempre teve uma ligação histórica com a cidade de Areia Branca. Daqui saia batalhões de homens desbravando a mata da Serra do Mel e do Carmo, ou pela praia para se livrarem das onças, tendo como finalidade trabalharem na colheita da extração do sal. Mas a modernidade trouxe o veículo marca jeep, transporte  capaz de vencer a difícil estrada de areia e outros obstáculos entre os dois municípios.  No início dos anos 60, um cidadão areabranquense  por nome de João Rolim,  em parceria com Antônio do Beco, se dirigia todos os dias pela manhã a Carnaubais, em um jeep dirigido por Chico da Cachaça, um descendente de nossa terra da família dos Felipes. João Rolim, tinha por atividade bancar o jogo do bicho, que era gerenciado por Antônio Lima de Albuquerque (Limeira). Antônio do Beco, ganhava os sítios a procura de frutas que com facilidade fazia a lotação do veículo com banana, mamão, tomate, pimentão, coentro, goiaba, entre outras frutas e ao final da tarde retornavam a Areia Branca.


Eu ainda muito criança, já me dedicava a labuta, saia nas casas dos varzeanos comprando ovos de galinha caipira para comercializar com João Rolim. Vi de perto as casas de taípas de chão batido em muitas delas cobertas de palhas de carnaúba com portas e janelas de talo. Lembro dos poucos utensílios e usados por nossos ribeirinhos, um pote no canto da parede uma copeira feito de galhos de madeira, uma simples mesa de madeira geralmente com tamboretes com acento de couro. Um fogão a lenha no canto da parede e no correr da casa algumas redes de dormir. Ainda encontrava-se um pequeno caixão de madeira apoiado em um toco de carnaúba que agasalhava a pouca louça existente no lar. Sempre no quanto da parede da sala existia parte dos vossos alimentos, um tambor com feijão de corda, um amontoado de milho na espiga para o tradicional cuscuz, batata doce e jerimum. Também encontrava-se com facilidade litros de vidro repletos de mel de abelha. No quintal, um girau em que colocava-se o agridá e as panelas de barro que servia a alimentação aos seus moradores, geralmente tinha um segundo girau em que sempre tinha peixe salgado ao sol para manter a alimentação da família.


Sempre a dona da casa me trazia os ovos em um utensílio chamado de cuité, onde era armazenado os ovos, eu contava fazia o valor e pagava o combinado. colocava em um sexto e caminhava na linha do comércio.

 

Comprava os ovos e pagava a vista uma receita que muitas vezes servia para comprar a farinha, uma medida de óleo, meia barra de sabão, um açucar e etc, na bodega mais próxima.

 

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