Mesmo com reforma, previdência do RN tem déficit de R$ 150 milhões por mês
Passados quase cinco anos da aprovação das novas regras na previdência para servidores do Rio Grande do Norte, o Estado ainda acumula déficits significativos na folha de previdência, tendo que desembolsar, mensalmente, em média R$ 150 milhões para complementar o pagamento de inativos e pensionistas em todo o RN. Os números são altos, segundo avaliação do presidente do Instituto de Previdência do Rio Grande do Norte (Ipern), Nereu Linhares, mas poderiam ser ainda maiores caso a reforma da previdência não tivesse sido aprovada e sancionada em 2020.
“A finalidade da previdência é ser autossustentável. Ela tem que sustentar com o que arrecada. Se você só arrecada R$ 100 milhões, você não pode pagar uma folha de R$ 200 milhões, que é o que acontece no Estado. Para que houvesse um equilíbrio, precisaríamos de uma proporção entre ativos e inativos a que tínhamos há 30, 40 anos. Ou seja, o Ipern nos anos 2000 tinha 8 mil pensões e 80 mil servidores ativos, trabalhando e contribuindo. Hoje é o inverso: temos 54% de inativos para 46% de ativos. Isso tinha que ser o contrário e muito o contrário”, explica Nereu Linhares, acrescentando que as reformas da previdência deveriam ser feitas ou analisadas a cada cinco anos.
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