quarta-feira, 31 de julho de 2024

Venezuela: chega a 16 o número de mortos em manifestações contra reeleição de Maduro

 

A vitória contestada de Nicolás Maduro nas urnas deixou a Venezuela mais perto de um “banho de sangue” – exatamente como previu o ditador, se ele perdesse a eleição. Em dois dias de protestos contra os resultados da votação, 16 pessoas morreram, mais de 100 ficaram feridas e 750 foram presas.

De acordo com Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal Venezolano, das 16 mortes, pelo menos cinco foram registradas em Caracas, incluindo dois menores de idade. O procurador-geral da Venezuela, o chavista Tarek William Saab, afirmou que os manifestantes presos poderão responder por “atos de terrorismo e instigação do ódio”.

A ditadura foi rápida em culpar a oposição pelo “banho de sangue”. “Considero Urrutia responsável pela violência criminosa, pelos feridos, pelos mortos, pela destruição. O senhor será diretamente responsável, assim como a senhora Machado. A justiça vai chegar”, disse Maduro, em referência aos dois maiores nomes da oposição nesta eleição: Edmundo González Urrutia e María Corina Machado.

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