O Vale do Açu foi habitado para as grandes fazendas de gados, famílias que habitaram e dominam políticamente e economicamente a nossa região. Passado o ciclo do couro e o declínio do gado, vivemos os ciclos da carnaúba e do algodão, chegamos a termos inúmeras usinas de cozinhar o pó para transformar em cera e algumas indústrias de descaroçagem do algodão que transformava em lã. Uma população formada por agricultores sem terra, que trabalhavam de meia ou terça nos latifundios dos senhores proprietários.
Esse ciclo foi encerrada no início dos anos 80. Chegou a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves e com ela a promessa da redenção economica, acompanhada do grande capital com suas empresas de fruticultura, David Americano, Frunorte, Delmont, entre outras menores, todas desapareceram da nossa economia.
Hoje temos uma economia desorganizada, desestruturada sofrendo a falta de um planejamento e de organização da produção como fonte de riqueza e bem estar social. Ainda sobrou a carcinocultura que vem gerando empregos em nossa região, em nosso Vale e uma pequena irrigação.
Sem projetos governamentais, sem lideranças que crie uma unidade de pensamento, o rico pobre Vale do Açu, caminha agonizando sendo indiferente as suas potencialidades. É uma pena a falta de visão dos nossos "líderes", não conseguimos minimizar o mínimo do mínimo em termos de desenvolvimento para nossa região. Basta ver que nós somos desprovidos de uma UTI que possa vir salvar vidas. Lamentável, o Vale não encontrar o caminho do seu desenvolvimento.
Agora estamos na eminência de ver a produção de petróleo ser desativada por completo em nosso Vale, aprofundando a nossa pobreza. A Petrobrás fechou suas atividades no vizinho Estado do Ceará, foi dado o aviso. Não demorará a desativação no RN. O que nos causará enormes dificuldades e aprofundamento da pobreza. Isso tudo acontecendo e a "classe política" envaidecida e desmobilizada para a realidade.