Os casos de esporotricose, uma micose transmitida por gatos que causa lesões na pele, crescem em níveis epidêmicos no Brasil. É o que apontam especialistas da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e do Instituto Nacional de Infectologia (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ouvidos pelo Correio. A doença não integra a lista de notificação obrigatória do Ministério da Saúde, o que causa desconhecimento de dados na maioria dos estados brasileiros.
O infectologista Flávio Telles, coordenador do Comitê de Micologia Médica da SBI e consultor do Ministério da Saúde para doenças causadas por fungos, aponta que o número de casos vêm aumentando progressivamente ao longo da última década. “Trata-se de uma epidemia em expansão. (...) Isso ocorre porque não há controle da doença entre os felinos. Não há vacinas, o tratamento do gato doente é longo e requer dedicação do tutor.”, ressalta.
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