sábado, 19 de fevereiro de 2022
CARNAUBAIS DA MINHA INFÂNCIA XXXIII
Era final da década de 60, quando chegou pela manhã cedo uma caminhoneta três quarto em nossa Carnaubais, estacionou em baixo das frondosas algarobas em frente a casa do comerciante Antônio Cabral bem no centro da cidade e anunciou a compra de sapos. Nessa época estava em uso peles de animais para a indústria de calçados, cintos, carteiras, bolsas e até roupas. Até que os defensores da natureza de forma organizadas barraram essa onda devastadora de animais.
Eu, meus irmãos: Paulo e Marcos, fomos nos entendermos com o Sr. comprador dos sapos, conversado sobre o preço do serviço que seria pago por unidade. Adquirimos umas latas de querosene e ganhamos o caminho do rio Açu, felizes da vida e fazendo as contas de quanto poderíamos ganharmos naquela manhã, pois sabíamos que os muitos cacimbões existentes ali existia uma boa quantidade de sapos. Depois das 11 horas chegamos com as latas cheias de sapos, o cidadão não tinha explicado que só servia os sapos grandes, os "cururus". Em nossa frente selecionou os cururus nos pagou o combinado e ficamos com as latas cheias de sapos médios e pequenos. Entristecidos e sem muito pensar, fomos só virar as latas com a boca para baixo e os sapos ganharem as ruas e casas da cidade. O suficiente e não podia ser diferente, as queixas dos cidadãos com os sapos querendo adentrar as residências. Ai começaram a chegar as reclamações na casa de nossa avó, Maria Cândida, que ouviu a todos mas entendeu que não era motivo para exemplar seus netos, apenas uma boa conversa.
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