Militares revelam ressentimento com Rogério Marinho por oposição ao golpe
Anotações encontradas pela Polícia Federal (PF) em documentos relacionados ao delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelaram ressentimentos de militares bolsonaristas com o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado. De acordo com o portal Metrópoles, mensagens enviadas ao general Braga Netto mencionam o nome de Marinho em um contexto de decepção: “Ressentimento com a parte política da direita: Rogério Marinho”.
A ala militar radical do bolsonarismo teria se frustrado com a postura do senador, que, em dezembro de 2022, desaconselhou iniciativas que pudessem levar a uma ruptura democrática. Na ocasião, Marinho tentava convencer aliados do então presidente Jair Bolsonaro a buscar paciência para construir uma volta ao poder pela via eleitoral em 2026.
Ainda de acordo com a reportagem, Rogério Marinho argumentava que Bolsonaro tinha o apoio de “50% da população” e que o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrentaria dificuldades para governar, o que poderia abrir caminho para um retorno triunfal da direita ao Planalto. O senador também estava focado na articulação de sua candidatura à presidência do Senado, uma movimentação que contava com apoio de Bolsonaro. Contudo, Marinho foi derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD) em janeiro de 2023.
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