Associação de Bolsonaro com milicianos mostra que Escritório do Crime ocupa o coração do poder
Reportagem do Intercept
sobre contatos mantidos por comparsas de Adriano da Nóbrega com o
presidente Bolsonaro após a execução do miliciano no interior da Bahia é
uma revelação bombástica. Apesar disso, nenhum jornal ou TV da mídia
dominante noticiou.
A morte do miliciano Adriano da Nóbrega em 3 de fevereiro de 2020 foi
uma queima de arquivo. Ele foi morto num confronto com a Polícia
Militar da Bahia, que o cercara com 70 policiais e poderia,
perfeitamente, tê-lo rendido e capturado com vida. Mas aquela operação
estava predestinada a executá-lo [aqui].
Até certa etapa da vida, Adriano foi útil e funcional ao clã dos
Bolsonaro. Inclusive recebeu medalhas, homenagens e honrarias
parlamentares do Flávio e do Jair, e garantiu emprego para a mãe e
esposa no gabinete do Flávio na ALERJ.
Enquanto Fabrício Queiroz atuava como uma espécie de capataz,
arrecadador e gerente-geral dos Bolsonaro, Adriano se desempenhava no
braço “operacional”, de “geração de renda” e de lavagem de dinheiro do
Escritório do Crime, milícia especializada em achacar comunidades do Rio
no fornecimento de serviços de gás, internet, luz e em assassinatos de
aluguel.
Adriano repassava dinheiro a Queiroz – leia-se, ao esquema do clã dos
Bolsonaro. O MP/RJ rastreou pelo menos R$ 400 mil depositados por ele
nas contas do Queiroz [aqui].
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