O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Reimont (PT-RJ), chamou a operação policial desta terça-feira (28) no Rio de Janeiro de “a maior chacina da história do estado”. A ação, que deixou 64 mortos, atingiu comunidades da zona norte da capital, incluindo os complexos da Penha e do Alemão.
“O Rio inteiro sangra. É inaceitável que operações policiais continuem produzindo morte e medo nas comunidades. O enfrentamento ao crime não pode virar política de extermínio, sobretudo contra a população pobre e negra”, disse Reimont à coluna.
Ele também criticou o governador Cláudio Castro (PL), afirmando que ele “falta com a verdade” ao negar pedido de ajuda ao Ministério da Justiça. Para Reimont, Castro estaria usando a segurança pública para disputar espaço político-eleitoral.
Segundo as forças de segurança, a operação mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias civil e militar, com alvo no Comando Vermelho (CV). Entre os mortos estão quatro policiais; dezenas ficaram feridos e mais de 80 foram presos. Moradores relatam barricadas, tiroteios intensos e até o uso de drones armados por criminosos.
O deputado defende que o Estado invista em medidas de prevenção e inteligência. “Cada operação que termina em tragédia representa um fracasso da segurança pública e um luto para toda a sociedade”, afirmou.
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