A artesã, costureira e agora atriz Tânia Maria não era muito chegada em filmes, até que um dia se viu ali, refletida no brilho da telona ao aparecer como figurante em Bacurau, longa-metragem do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho lançado em 2019, que ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, além de ter sido indicado à Palma de Ouro. Aos 78 anos, a seridoense nascida no povoado de Santo Antônio da Cobra, no município de Parelhas, descobriu, enfim, o encanto do cinema: “Eu acho bom me ver. É bom demais a gente ver que está sendo aplaudida”, diz, com a simplicidade de quem ainda se espanta com o rumo inesperado do seu destino, mas, ao mesmo tempo, com a inocência da vaidade que remete ao famoso verso de Caetano Veloso na canção “Sampa”: “É que Narciso acha feio o que não é espelho”.
A revelação dessa epifania sobre o cinema veio após ela ter sido cotada pela Variety, uma das principais revistas de entretenimento dos Estados Unidos, para o Oscar 2026, na categoria de “Melhor Atriz Coadjuvante”, pela sua atuação em outro filme de Kleber Mendonça Filho: “O Agente Secreto”.
Transcrito do blog Saiba Mais
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