Confira abaixo a íntegra da reportagem “PSB de Alckmin, Tabata e João Campos ganha pontos em meio à queda na esquerda”, publicada no site da Folha de S. Paulo, no dia 27/12/2024:
O PSB (Partido Socialista do Brasil) foi a sigla da esquerda que mais elegeu prefeitos em 2024. Com 312 eleitos, a legenda ficou à frente do mais tradicional partido da esquerda brasileira, o PT (252 prefeituras), e de outros menores, como PDT, Rede e PC do B.
O resultado representa um aumento de 24% em relação às prefeituras conquistadas em 2020, quando a sigla emplacou 252 dirigentes em Executivos municipais.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz ver uma recuperação da sigla, que perdeu espaço depois da morte do então presidenciável Eduardo Campos, em 2014.
Ainda, em votações-chave no Congresso Nacional, como a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Teto de Gastos, o PL (Projeto de Lei) das terceirizações e o impeachment de Dilma, o PSB votou junto aos partidos situados na centro-direita.
A ascensão de Bolsonaro ao Palácio do Planalto foi uma virada de chave e estimulou o retorno ao alinhamento com partidos como o PT. Nas eleições de 2022, aderiu ao que Lula chamou de “frente ampla”, indicando o vice na chapa, Alckmin, ex-tucano.
Siqueira afirma que o partido é “independente” e continua a discordar de pautas associadas à esquerda, como a questão da Venezuela.
Ainda, no atual manifesto do partido, há uma crítica aos governos de esquerda que comandaram o Brasil. “Mesmo a esquerda – da qual o PSB é parte- não implementou as reformas estruturais necessárias à transformação da sociedade”, diz o documento.
Um trunfo do partido é o desempenho de quadros novos, como o prefeito do Recife e filho de Eduardo, João Campos, e a deputada federal Tabata Amaral (SP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário