RN com chuvas 48,1% acima da média esperada em fevereiro
No Rio Grande do Norte choveu a média de 135,8 milímetros (mm) no mês de fevereiro de 2024, enquanto que o esperado para o período era 91,7 mm, representando 48,1% acima da média esperada. Os dados são do Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). A região mais chuvosa no período foi o Agreste Potiguar com chuvas 63,3% acima da média seguindo do Leste Potiguar, com 61,4% acima da média esperada. Na capital potiguar choveu 157,2 mm, enquanto o esperado para o período era de 116mm.
De acordo com as análises da equipe de meteorologia da Emparn, o fenômeno El Ñino se encontra no momento com tendência de enfraquecimento e não afetando a atuação da Zona de Convergência Intertropical- principal sistema meteorológico que provoca chuvas nesta época do ano no Nordeste Brasileiro. “A Zona de Convergência Intertropical se encontra bem posicionada. A maior parte dessas chuvas nos últimos dias foi ocasionada por este sistema que traz chuvas aqui no RN neste período de fevereiro a maio. Quando ela atua, tem chuvas, quando ela não atua, devido a algumas instabilidades dos oceanos, aí as chuvas não ocorrem. Mesmo com o fenômeno El Ñino atuando no Oceano Pacífico, hoje, numa posição de moderada fraco e com tendência a enfraquecer ainda mais nos próximos meses, a zona de convergência está bem posicionada devido às condições que o Oceano Atlântico Norte tem apresentado”, explicou o chefe da unidade de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.
A previsão para o mês de março é de continuidade das chuvas nos primeiros quinze dias. “A tendência, diante da configuração atual dos sistemas meteorológicos associada às condições do oceano Atlântico Sul- que vem mantendo aquecimento bastante acentuado, com temperaturas acima de 29 graus, aqui na faixa do litoral, próximo do estado- é que as chuvas continuem a ocorrer até a primeira quinzena de março. Dia a dia estamos analisando as condições para a divulgação de uma previsão cada vez mais precisa”, comentou Bristot.
Nenhum comentário:
Postar um comentário