Desde que o mundo "civilizado" constituiu um governo foi para diminuir as desigualdades entres os seus habitantes. Assim foram surgindo políticas de "impostos" quando ainda se pagavam em grãos a sua cota para que suprisse os armazéns que tinha como justificativa suprir o povo nos períodos das secas, cheias e pestes. Por que no mundo "civilizado" de hoje, a fome campeia em nosso País? Não era para acontecer tamanha desigualdade, pois um País que é líder na produção de alimentos e tem a maior tecnologia no agro negócio, não podia existir tamanha fome.
Somos os maiores produtores de: Grãos e carnes e a maioria da população está faminta. Porque? De que adianta esse desenvolvimento do agronegócio, a quem está servindo esse desenvolvimento? Esse é o debate que deve ser posto a mesa e não está. O negacionismo a uma boa discussão foi ocupado pela intolerância ideológica de uma forma que sufoca e inibe o bom debate político.
A agricultura familiar responsável por 70% da produção de alimentos da nossa sociedade, vive a margem dessa sociedade, sem o devido apoio dos governos: municipais, estaduais e federal, basta olhar a situação da Emater, instituição pública que tem por finalidade levar o apoio técnico ao agricultor familiar, praticamente não existe em nossa sociedade. Faz pena ver a agonia dessa instituição e a carência do pequeno produtor. De nada adianta os avanços tecnológicos alcançados se não chega aos que produzem o alimento da nação. Não vejo como desenvolvermos se para comermos um ovo vem de estados vizinhos. Um frango vem do Sul do País e assim por diante.
Precisamos e necessitamos de um novo pacto social. Pois o atual está corrompido, comprometido e aburguesado além da conta, até pelos que antes defendiam uma sociedade mais justa. Sem diminuição das desigualdades sociais e econômicas não teremos progresso econômico nem social.
Luizinho Cavalcante
Profº, historiador e escritor.
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