segunda-feira, 3 de maio de 2021

Ex-assessor de Mandetta revela ao menos um crime de Bolsonaro na rota do genocídio

 Demissão: Mandetta e seu desabafo a VEJA: “60 dias de batalha, já chega,  né?” | VEJA

Ex-assessor de Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde e autor do livro “Guerra à Saúde”, o jornalista Ugo Braga revelou ao programa Sua Excelência, O Fato, do jornalista Luís Costa Pinto nesta segunda-feira (3), qual o dia, a hora e o local em que o presidente Jair Bolsonaro cometeu ao menos um crime contra a saúde pública dos brasileiros e ajudou a disseminar o coronavírus da Covid-19: no dia 11 de abril de 2020, em visita ao canteiro de obras de um hospital de campanha que estava sendo construído em Águas Lindas de Goiás. 

 

Ali, sem máscaras, segundo o relato de Ugo, o presidente brasileiro abraçou o governador goiano sob o olhar de Mandetta e convocou Caiado para “juntos, espalhar esse vírus”. Bolsonaro acreditava que, dessa forma, o Brasil teria rapidamente a “imunidade de rebanho” (quando ao menos 60% da população têm ou já tiveram a doença e o vírus, em tese, torna-se menos ameaçador para uma comunidade). Ronaldo Caiado, que dias antes divergira publicamente de Bolsonaro, convocou então seu amigo Mandetta para voltar com ele a Goiânia e, de lá, urdiu uma entrevista do então ministro da Saúde ao programa Fantástico da Rede Globo. A entrevista terminou sendo o estopim para a demissão de Luiz Henrique Mandetta porque a partir dela, segundo seu ex-assessor, os militares do Palácio do Planalto retiraram o apoio que davam ao então ministro da Saúde.

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