Ex-assessor de Mandetta revela ao menos um crime de Bolsonaro na rota do genocídio
Ex-assessor de Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde e
autor do livro “Guerra à Saúde”, o jornalista Ugo Braga revelou ao
programa Sua Excelência, O Fato, do jornalista Luís Costa Pinto nesta
segunda-feira (3), qual o dia, a hora e o local em que o presidente Jair
Bolsonaro cometeu ao menos um crime contra a saúde pública dos
brasileiros e ajudou a disseminar o coronavírus da Covid-19: no dia 11
de abril de 2020, em visita ao canteiro de obras de um hospital de
campanha que estava sendo construído em Águas Lindas de Goiás.
Ali, sem máscaras, segundo o relato de Ugo, o presidente brasileiro
abraçou o governador goiano sob o olhar de Mandetta e convocou Caiado
para “juntos, espalhar esse vírus”. Bolsonaro acreditava que, dessa
forma, o Brasil teria rapidamente a “imunidade de rebanho” (quando ao
menos 60% da população têm ou já tiveram a doença e o vírus, em tese,
torna-se menos ameaçador para uma comunidade). Ronaldo Caiado, que dias
antes divergira publicamente de Bolsonaro, convocou então seu amigo
Mandetta para voltar com ele a Goiânia e, de lá, urdiu uma entrevista do
então ministro da Saúde ao programa Fantástico da Rede Globo. A
entrevista terminou sendo o estopim para a demissão de Luiz Henrique
Mandetta porque a partir dela, segundo seu ex-assessor, os militares do
Palácio do Planalto retiraram o apoio que davam ao então ministro da
Saúde.
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