Paralisação compromete 2 mil cirurgias após 13 dias
Pacientes que precisam fazer cirurgias eletivas ou exames eletivos com a necessidade de anestesia estão com os procedimentos comprometidos há 13 dias, completados nesta quarta-feira (28), em unidades hospitalares do Rio Grande do Norte que contam com serviços prestados por profissionais da Cooperativa dos Anesteseologistas do Estado (Coopanest-RN) para a rede pública.
Com pagamentos em atraso e sem diálogo com a Prefeitura do Natal e Governo do RN, quem sofre em meio à indefinição é a população. A suspensão dos procedimentos cirúrgicos faz crescer a fila de pacientes eletivos no Estado, enquanto a paralisação de exames, como na Liga Contra o Câncer, atrasa diagnósticos.
De acordo com estimativa da Coopanest, cerca de 2 mil cirurgias eletivas deixaram de ser feitas desde o início da paralisação, tendo como base a média mensal de 5,2 mil procedimentos atendidos. Nas unidades com profissionais da cooperativa, também estão suspensos os exames eletivos que necessitam de aplicação de anestesia nos pacientes. Na Liga Contra o Câncer, por exemplo, biópsias, ressonâncias, tomografias, endoscopias e colonoscopias só são realizadas em pessoas que apresentam quadro de urgência, desde o último dia 15.
Os anestesiologistas cooperados mantêm todos os serviços de urgência e as escalas de plantão nas maternidades de Natal, conforme previsto em contrato. O cumprimento dos plantões, aliás, já foi sinalizado pelos profissionais que pode ser a próxima prestação de serviço afetada se não houver uma proposta para dar fim ao impasse com o poder público estadual e municipal de Natal.
Tribuna do Norte
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