Militares articulam saída política para 2022, falam em impeachment de Bolsonaro e criação de “terceira via”
Em ampla reportagem, o jornalista Vasconcelo Quadros, da Pública,
descreve o ambiente de ebulição política entre militares críticos ao
governo Bolsonaro. Esses militares querem uma terceira via eleitoral em
2022 e não descartam o impeachment do atual ocupante do Palácio do
Planalto.
"Em 27 meses no cargo, o general Hamilton Mourão construiu uma
trajetória bem diferente da dos vices nos últimos 60 anos. Ele tem
atribuições de governo e comanda efetivamente nichos importantes da
política ambiental e de relações exteriores. É, por exemplo, mediador de
conflitos com a China, processo iniciado com um encontro com o
presidente do país, Xi Jinping, em 2019, restabelecendo a diplomacia
depois de duros ataques feitos por Jair Bolsonaro ainda na campanha".
"Mourão esforça-se para não parecer que conspira, mas é visto por
militares e especialistas ouvidos pela Agência Pública como um oficial
de prontidão diante de uma CPI que pode levar às cordas o presidente
Jair Bolsonaro pelos erros na condução da pandemia".
" 'Como Bolsonaro virou um estorvo, os generais agora querem colocar o
Mourão no governo', diz o coronel da reserva Marcelo Pimentel Jorge de
Souza, um dos poucos oficiais das Forças Armadas a criticar abertamente o
grupo de generais governistas que, na sua visão, “dá as ordens” e
sustenta o governo de Bolsonaro."
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