O sonho dos jovens de minha geração era migrarem para os grandes centros, eu viajei para Brasília
Olhando uma pasta em que guardo meus documentos encontrei a minha primeira e única Carteira Profissional, tirada em 01 de junho de 1.976, pelo padre Xanduzinho - Assú. Fiz parte de uma geração de jovens que ao completarem 18 anos, costumavam procurarem os grandes centros e eu seguei a tradição. Estava providenciando os documentos, para quando completar os 18 anos viajar com destino a Brasília.
Estávamos em um processo de transição da Cidade Velha, para a Cidade Nova, onde fomos uma das primeiras famílias a ocupar a casa 23 da quadra M, hoje Av. Abel Alberto da Fonseca, a cidade não tinha, água encanada, energia, pavimentação, nem comunicação. Era o início de um novo tempo. Completado os 18 anos, viajei para Natal, com o amigo Edivan Mendonça, onde lá tiramos o último documento que nos faltavam, a identidade. Compramos a passagem na empresa Planalto e numa sexta-feira pela manhã, embarcamos na antiga rodoviária da Ribeira.
Foi uma experiência radical, para um jovem saindo de uma pequena cidade apegado aos seus familiares, partir para tão distante, além da namorada que ficou hoje minha esposa, Mária. Não me engracei do que vi, e cheguei a conclusão em voltar a terra Natal, e enfrentar a realidade. Juntamente com meus irmãos: Paulo e Marcos, reativamos a olaria para a fabricação de tijolos a margem da lagoa do Jaburu. Logo em seguida, iniciamos a trabalharmos na construção civil. Veja a primeira assinatura na Carteira Profissional
O empresário Manoel Cirilo Manso, proprietário da Empresa Manso, confiou aos irmãos Cavalcantes a construir sua residência, sendo a primeira casa construída por completo feita pelos irmãos Cavalcantes. Manoel Cirilo um homem muito correto e legalista, assinou a minha carteira e a de Paulo, constituindo o primeiro registro profissional feito na Carteira do Trabalho, seguida por muitas outras. A casa que construímos, é a que hoje reside o amigo, Gutier Manso, seu neto.
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