O ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo - neto do general João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar no Brasil -, poderá se tornar o primeiro réu julgado à revelia no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que apura a tentativa de golpe de Estado. Figueiredo, que atualmente reside nos Estados Unidos, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) há três meses, mas não apresentou defesa no processo — e, segundo fontes ouvidas pela Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, não há expectativa de que o faça.
A Defensoria Pública da União (DPU) foi acionada pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, para assumir a defesa do investigado, mas recusou o pedido. O órgão afirmou não ter meios de contato com Figueiredo, o que inviabilizaria a atuação técnica e prejudicaria a defesa. Procurados pela reportagem, nem Paulo Figueiredo nem o STF se manifestaram.
De acordo com a PGR, Figueiredo utilizou sua "capacidade de penetração no meio militar" para disseminar ataques e estimular a adesão ao golpe por meio de programas de rádio e televisão. O órgão o apontou como o único integrante de um quinto núcleo da organização denunciada.
247
Nenhum comentário:
Postar um comentário