Os livros não mordem na China: 15.500 são lidos a cada minuto
“Quando eu era criança, os livros eram um luxo. Não havia bibliotecas nos vilarejos e os poucos livros que chegavam às minhas mãos eram lidos e relidos até que suas páginas se desgastassem. Cada livro era uma semente plantada em minha mente, e essas sementes floresceram para dar forma a tudo o que escrevi depois”, declarou certa vez o escritor Mo Yan, orgulho da literatura chinesa e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2012.
Meio século depois, a lembrança do autor de Sorgo Vermelho serve como referência inevitável para compreender como aquele país, onde livros eram raridade, tornou-se um dos maiores mercados editoriais do mundo, com centenas de milhares de títulos publicados anualmente e um volume impressionante de 15.500 livros lidos por minuto, conforme apontou a mais recente Pesquisa Nacional de Leitura, divulgada pela Academia de Imprensa e Publicações da China (CCPA, na sigla em inglês).
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