O Sindicato dos Trabalhadores do
Serviço Público da Administração Direta do Estado (Sinsp-RN) irá denunciar o
Governo do Rio Grande do Norte ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas
pela existência de professores sem lotação definida. De acordo com a entidade,
enquanto escolas estaduais sofrem com a falta de professores, cerca de três mil
docentes estariam sem lotação definida. O sindicato informou que pretende ainda
apresentar um dossiê com o nome dos 3.207 professores que não estariam
exercendo suas funções nas escolas públicas à Controladoria Geral do Estado
(Control).
A presidente do sindicato,
Janeayre Souto, disse que a medida vem provocando prejuízos aos cofres do
Estado. “O Estado paga duas vezes por um mesmo cargo. Retira professores da
sala de aula e contrata temporários para aquela mesma função. Dos 19 mil professores
e especialistas, entre efetivos e temporários, apenas 10 mil estão nas salas de
aula e desses 3 mil têm contratos temporários. Um número semelhante ao de
professores sem lotação na rede estadual de ensino”, pontua.
A reportagem tentou repercutir a
denúncia com a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do
Lazer (SEEC-RN), mas não houve retorno até o fechamento desta edição. O
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte-RN) também foi procurado,
mas não respondeu a tempo. Ainda segundo o sindicato, os professores sem
alocação definida representariam uma despesa de pelo menos R$ 19,4 milhões ou
R$ 233,3 milhões por ano. A sindicalista ressalta que a prática gera mais
custos e indica que os professores deveriam ser chamados para ocupar seus
postos dentro das salas de aulas.
Fonte: Tribuna do Norte
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