O ministro do Supremo Tribunal Federal afirmou, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, que a operação Lava Jato era “mais do que um projeto político, a Lava Jato era um projeto político de viés totalitário: uso de prisão para obter delação e cobrança para que determinadas pessoas fossem delatadas”.
“Hoje, estou absolutamente convicto disso, de que havia um projeto de poder. Os senhores vão se lembrar, por exemplo, de Curitiba. Sem nenhum menoscabo, mas está longe de Curitiba ser o grande centro de liderança intelectual do Brasil. Não obstante, Curitiba passou a pautar-nos. Tinha normas que praticamente proibiam o habeas corpus. Normas tão radicais quanto a do AI-5. Proibição de liminares e coisas do tipo”, disse o ministro.
Ainda segundo ele, os desvios da força-tarefa judicial responsável pela operação e que foram revelados pela “Vaza Jato”, como ficaram conhecidas as reportagens sobre o assunto, “fizeram com que a Lava Jato saísse do status de maior operação de combate à corrupção para o maior escândalo judicial do mundo".
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