CARNAUBAIS DA MINHA INFÂNCIA XXIX
Na Carnauabis da minha infância, vi de perto o prospero ciclo da carnaúba e um melhor aproveitamento econômico no extrativismo da palha da carnaúba. Turmas em média de 20 pessoas trabalhavam em cortarem as palhas das palmeiras, colocarem ao sol para serem batidas e retirar o pó para o cozimento transformando-o em cera para ser comercializada como matéria prima tão usada pela indústria em todo o mundo.
Hoje em Carnaubais não temos mais a indústria da cera, a nossa atividade está parando apenas na extração do pó e em seguida sendo comercializado. Assim deixamos de garantir empregos por todo o ano no cozimento do pó, para para industrialização da cera.
Em um tempo não muito distante tivemos em Carnaubais as indústrias de cera dos senhores: Izau Martins (Poço Verde), Giovani Wanderley (Olho D'água) Zé Cobra (Olho D'água), Chico Amâncio (Arraial), Manoel Cezário (Tabatinga) e Manoel Pessoa Montenegro (Timbaúba). Na área urbana da cidade tínhamos: Inácio Lacerda, João da Cruz, Zé Cabral, Luiz Lalau, Zé Militão e Dé Fonseca. Essa manufatura gerava emprego no cozimento do pó, em seguida a borra do pó, escorria para um barreiro. Quando terminava de cozinhar o pó, iniciava-se o cozimento da borra, onde era espremido em uma prensa em que extraia-se mais cera. Algumas indústrias funcionavam por todo ano produzindo cera.
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