Taí a resposta, Odorico
Odorico Paraguaçu queria inaugurar um cemitério. Sua única obra. E sofrida por não morrer ninguém. Fez de tudo por um cadáver. E o cemitério terminou inaugurado por ele próprio, cadáver e não prefeito.
Bolsonaro foi inaugurar uma pinguela no Amazonas. Ou melhor, reinaugurar. Pegaram a pinguela, uma ponte rústica que já havia, puseram proteções nas laterais, chamaram de ponte e lá foi o ridículo Odorico "inaugurar". Dezoito metros de pinguela. Fez discurso pra mata, pôs um cocar de penas cinzentas irregulares, horrível, e falou sobre os índios . Os mesmos índios que ele pretende reduzir suas terras.
Mas né disso que trato não. É das manifestações de hoje, pelo Brasil afora, que quero falar. Ou melhor escrever. Só a Avenida Paulista, só ela põe no chinelo todas as manifestações bolsonaristas, desses milicianos rurais e urbanos, das últimas manifestações e provocações, de semanas seguidas. Todas. No chinelo. Era um recado que os senhores golpistas queriam? Receberam. Pelo País todo, em várias cidades. e como é dado a todo golpista neofacista a posse da covardia, só resta por a viola no saco. E o saco no rabo.
A Democracia agoniza, mas não morre. Obrigado Nelson Sargento.
François Silvestre é escritor
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