Anualmente, em decorrência do Dia do Índio (19
de abril), mulheres e homens compromissados com a defesa dos Direitos Humanos
propõem uma profunda reflexão sobre a extensa pauta de reivindicações dos povos
originários brasileiros. Lá se vão 521 anos desde que foi estabelecido contato
entre os desbravadores portugueses e os primeiros habitantes dessa terra
Brasil. É preciso reconhecer que temos uma dívida histórica com essa parcela da
população: são 521 anos de aculturamento, roubo de terras e genocídio dos povos
indígenas em nossa Nação.
Hoje, até os territórios mais remotos e as comunidades isoladas da Amazônia estão sob ameaça de serem privadas do acesso à terra, à água e aos meios de subsistência pelos empreendimentos ligados à mineração. Divulgado em março último, estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Socioambiental (ISA), realizado na reserva Yanomami (RR), mostra que em algumas aldeias 92% das pessoas examinadas estão contaminadas pelo mercúrio que escorre dos garimpos da região. Estima-se que, hoje, 5 mil garimpeiros atuem ilegalmente na Terra Indígena Yanomami.
As ameaças contra a
vida desses povos não são, portanto, menores do que foram em outros tempos de
nossa história. É preciso resistir!
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