Por 11 a 0, Supremo Tribunal Federal confirma a prisão do bolsonarista Daniel Silveira
Declarações
de deputado contra a democracia e o Estado de Direito não estão
cobertas pela imunidade parlamentar, já que esta garantia busca
preservar a própria democracia e o Estado de Direito. Com esse
entendimento, o Plenário do Supremo Tribunal Federal confirmou, nesta
quarta-feira (17/2), a prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por atentar contra o funcionamento do Judiciário e o Estado Democrático de Direito.
Silveira foi preso em flagrante nesta terça (16/2) por ordem do
ministro do STF Alexandre de Moraes devido à publicação de um vídeo com
ataques e incitação de violência contra integrantes do Supremo. Diante
de uma nota do ministro Luiz Edson Fachin repudiando tentativas de
intimidação da corte, o deputado o classificou de "filha da puta" e
disse que não poderia ser punido por querer dar uma surra nele.
"Eu também vou perseguir vocês. Eu não tenho medo de vagabundo, não
tenho medo de traficante, não tenho medo de assassino, vou ter medo de
11? Que não servem para porra nenhuma para esse país? Não... não vou
ter. Só que eu sei muito bem com quem vocês andam, o que vocês fazem",
completou a ameaça.Na sessão desta quarta, Alexandre de Moraes votou pela manutenção da
prisão em flagrante do deputado. Segundo o ministro, as declarações de
Silveira são “gravíssimas”, e não somente do ponto de vista pessoal dos
ministros, mas do ponto de vista institucional e de manutenção do Estado
Democrático de Direito contra a integridade física e a vida de
ministros, muito mais do que ofensas pesadas, as manifestações tiveram o
intuito de corroer o sistema democrático brasileiro e as instituições e
de abalar o regime jurídico do Estado Democrático de Direito”, disse o
magistrado.
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