A cadeira de prefeito é quente e exige muito equilíbriu do ocupante

 

A cadeira de prefeito é quente e poderosa, ela lhe dá a sensação de que o ocupante pode tudo. Já tive a oportunidade por três vezes e sei o tamanho da responsabilidade que lhe é exigido, precisa que o ocupante tenha bastante equilíbrio na passagem pelo poder. Hoje é um dia muito marcante e triste para quem está entregando o cargo de prefeito, que apesar de passar   as atribuições ao eleito, carregará por bastante tempo as mazelas do que não podia ter sido feito e aconteceu. Já o empossado passa a ser o mais cheiroso.

 

Mas, o momento mais difícil é você começar a ver os poucos que eram seus verdadeiros amigos e muitas vezes foram até isolados, ainda lhe darem a devida atenção, enquanto a maioria já não se aproxima mais e alguns ainda passam a falar mal só para ganhar cartaz com o que entrou.

A solidão começar a tomar conta do ex-prefeito que sai, sendo necessário mudar o chip do dia a dia, mais demora alguns dias para se tornar um cidadão comum diante do ritmo que  exige um mandato de um executivo. Muitos se apegam de uma forma tal ao poder, que caem em profunda depressão. Sem falar nas enxurradas de notificações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público e da Justiça.