O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal federal (STF), rebateu
declarações de Jair Bolsonaro e classificou como "inconcebível” a
existência “no íntimo do aparelho de estado brasileiro” de um “resíduo”
de autoritarismo que “insiste em proclamar que poderá desrespeitar,
segundo sua própria vontade arbitrária, decisões judiciais”.
A reação do ministro foi em resposta ao ataque de Bolsonaro que disse
estar "sendo complacente demais" com o STF e disse que o inquérito
sobre fake news "serve para o interesse apenas dele", referindo-se ao
ministro Alexandre de Moraes.
“Esse discurso não é um discurso próprio de um estadista comprometido
com o respeito, a ordem democrática e que se submete ao império da
Constituição e das leis da República”, enfatizou o ministro durante
sessão da 2ª Turma da Corte.
O ministro elogiou discurso em que a ministra Cármen Lúcia,
presidente da Turma, afirmou que a ação de “uns poucos” não instalará
“temor ou fraqueza” nos integrantes da magistratura brasileira.
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