Lu Sudré, Brasil de Fato - Exilada há cerca de dois meses, Camila Mantovani, evangélica que atua em defesa dos direitos das mulheres, foi obrigada a deixar o Brasil para salvar sua vida. Fundadora da Frente Evangélica pela Legalização do Aborto, a jovem constantemente recebia mensagens de ódio e ameaças de morte.
A situação se agravou com a intensificação das intimidações contra a sua vida e de sua família, em retaliação à sua atividade religiosa, no segundo semestre do ano passado. Após notar que pessoas armadas a seguiam, a jovem deixou o local em que morava e passou a não ter endereço fixo. Ainda assim, as ameaças não cessaram.
Com o perigo iminente, uma rede de apoio foi formada com o objetivo de viabilizar a mudança de Camila do país para mantê-la em segurança. “Perdi o direito de viver minha vida como a vivo hoje. Perdi esse direito porque o fundamentalismo que governa o Brasil hoje assassina qualquer profeta que denuncie o pecado das grandes lideranças. Estou indo embora do país em exílio depois de esgotar todas as minhas possibilidades de ficar aqui e permanecer viva”, escreveu Mantovani, em carta de despedida publicada à época em sua rede social.
Hoje a ativista religiosa reconstrói sua vida em outro país da América Latina, continente que, na sua opinião, também é alvo do fundamentalismo religioso.
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