No início dos anos 70 vivíamos sobre o regime militar, quando aconteceu a mecanização do parque salineiro em nossa região, o governo militar temendo uma explosão social e procurando amparar a mão de obra salineira, desenvolveu dois projetos baseado na cajucultura, a Maísa e Serra do Mel. Os órgãos financeiros do governo federal, SUDENE, Banco do Nordeste, BNDES entre outros, financiou para um grupo de empresários, tendo a frente Múcio Sá, a agroindústria Maísa, no município de Mossoró. Lá era padrões modernos, operários carteira assinada. Para os camponeses, criaram a Serra do Mel, que foi desenvolvido o projeto de agrovilas para colonizar agricultores familiares em lotes de 50 ha para cada colono. Sua área pertencia a quatro municípios: Mossoró, Areia Branca, Assú e Carnaubais.
Lembro que o dinheirão dos órgãos públicos fizeram a Maísa uma fazenda privada elogiada e modelo. Já a Serra do Mel era criticada, questionava-se que teria sido um erro do grande governador Cortês Pereira, ter construído o projeto para dar aos pobres vindo das mais diversas regiões do RN. Anos depois, quando acabou o financiamento dos órgãos públicos para a Maísa, veio a quebradeira, os ricos deram no pé, foi preciso o presidente Lula fazer o que Cortês Pereira tinha feito lá atrás, desapropriou a terra e dividiu com os seus ex-funcionários da Maísa transformado-a em um grande assentamento rural. Já a Serra do Mel, tinha superado suas dificuldades e maldades de governantes que lutaram para privatizarem o projeto. Se consolidou e se transformou em oportunidade de vida e sustentabilidade econômica e social para os seus habitante, se emancipou politicamente se constituindo em um dos próspero município do Rio Grande do Norte.
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