O Rio Grande do Norte chegou a 2 mil assassinatos em 294 dias do ano de 2017. Com uma média de quase sete pessoas mortas de forma violenta por dia e apenas 70 dias para o fim deste ano, o estado pode alcançar a sangrenta marca de 2,5 mil homicídios. Natal, com mais de 520 assassinatos, é a cidade potiguar mais violenta.
O alerta sobre o risco de o estado alcançar um crescimento anual de quase 25% no número de assassinatos em relação ao ano de 2016 veio da socióloga e deputada estadual Márcia Maia que, nesta segunda-feira (23), voltou a mostrar preocupação com a falta de reação do Governo do Estado quanto às políticas públicas de combate à violência.
“É preocupante que o Governo tenha anunciado em abril um plano estadual de segurança e em nove meses não tenhamos visto qualquer resultado real. As pessoas estão morrendo e a sociedade não tem visto o problema ser tratado como merece, um prioridade, uma questão de vida ou morte”, questionou a deputada.
Para a parlamentar, é fundamental que ações consistentes comecem a tomar forma, inclusive no combate às drogas. Ela explica a importância de fomentar programas que ataquem fatores promotores da violência, compreenda situações de cada região e promova uma cultura de paz.
“Para combater a violência, é preciso compreender as estruturas sociais, políticas e econômicas que sustentam os altos níveis de violência, como o tráfico de drogas. Passa por entender os fatores de risco que levam os jovens a se envolverem na criminalidade e realizar, uma política que envolva família e comunidade. Isso é prevenção. A máxima de que um estudante é mais barato que um presidiário é, sem dúvida, uma realidade”, sugere a socióloga.
A atenção às áreas onde as manchas criminais são mais altas e que detêm grupos populacionais em situação de risco com programas direcionados para as questões indutoras da violência também é, segundo Márcia, uma fundamento importante para combater esse rápido crescimento no RN.
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