Observa-se nitidamente uma crise mundial no sistema Capitalista. Em que para ter mais, é necessário que outras pessoas percam, pois a Europa assim como os EUA não conseguem se sustentar já que não conseguem explorar as outras nações como conseguiam em tempos atrás, dessa forma é necessário outros métodos para conseguir manter o capitalismo "sustentável", como por exemplo injetar dinheiro para derrubar presidentes, gerras, golpes e negociatas para poder explorar recursos naturais de países (nióbio, diamantes, marfins, petróleo, minério).
A explosão social da classe operária tem como eixo fundamental a luta contra a “Reforma Trabalhista” que o governo de François Hollande tenta impor. As greves e paralisações já atingem setores industriais importantíssimos como, por exemplo, a paralisação de 16 das 19 usinas nucleares e o fechamento da grande maioria das refinarias e depósitos de combustível.
fonte: Gazeta Operária |
As lutas vêm se radicalizando, a exemplo do bloqueio e fechamento do porto de Le Havre na Normandia, atingiu fortemente o deslocamento pela ponte que conecta esse importantíssimo porto às cidades e outras localidades do país.
Quatro sindicatos convocaram, a partir desta terça-feira, dia 31 de maio, uma greve por tempo indeterminado no setor ferroviário. O objetivo é fazer com que essa greve dure, pelo menos, até o dia 10 de julho, data do final da Eurocopa em Paris, o que afetará determinantemente o Campeonato.
A partir da próxima quinta-feira, 02 de junho, começará a greve por tempo indeterminado dos trabalhadores do transporte público, metrô e ônibus, na região parisiense. Essa greve irá se somar as paralisações de pelo menos 24 horas dos portos. Um dia depois, na sexta-feira, terá início a greve de três dias dos pilotos civis. Porém, o sindicato da maioria dos pilotos já havia aprovado greve de larga duração.
Mesmo com essa ampla mobilização, o governo diz que não recuará no objetivo de aplicar a Reforma Trabalhista que atinge a jornada de trabalho, hoje de 35 horas semanais, com a possibilidade de aumento para 48 e até 60 horas semanais de trabalho, de acordo com os interesses do patrão.
Devido ao aprofundamento da crise capitalista a nível mundial, os monopólios pressionam os governos de todo o mundo para aplicarem planos de “ajustes” no sentido de fazer com que a classe trabalhadora pague pela crise e mantenha as taxas de lucro. A Reforma Trabalhista, neste sentido, é o componente fundamental destes ataques.
Em julho de 2013, quando a Itália e Espanha, respectivamente, a terceira e a quarta maiores potências da Zona do Euro, viram disparar as taxas de juros dos títulos públicos, acima dos 7% anuais, ameaçando levar esses países ao colapso, o Banco Central Europeu assumiu 80% dos bancos europeus, passando por cima dos bancos centrais nacionais. Essa manobra, que tinha como objetivo salvar da bancarrota principalmente os bancos alemães e franceses, teve como efeito colateral o aumento do contágio da crise na direção do coração do capitalismo europeu.
A Frente Nacional se fortalece com a “xenofobia” e a promessa de abandonar a União Europeia.
O imperialismo francês se converteu num imperialismo de segunda ordem, mas que faz parte das cinco principais potências mundiais. Isso somado à tradição de luta da classe operária francesa fazem com que este país seja um dos componentes fundamentais da crise capitalista mundial.
A França aceitou a liderança da Alemanha, principalmente a partir do colapso de 2008, mas tenta influenciar as decisões. Agora, Ângela Merkel se enfraqueceu e a Grã-Bretanha ameaça abandonar a União Europeia se novas concessões não forem feitas à Citi de Londres, um dos principais centros da especulação financeira mundial.
A Europa avança na direção da implosão da União Europeia, ao aumento das contradições com o imperialismo norte-americano e ao rompimento da “frente única” estabelecida desde o final da Segunda Guerra Mundial. É a política do salve-se quem puder onde, inclusive, vale a aproximação com o Novo Caminho da Seda chinês.
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