quinta-feira, 16 de maio de 2019

Para professora, proposta vai aumentar desigualdades sociais

“A sociedade está envelhecendo, a expectativa de vida está aumentando, mas a reforma não pode ser colocada em termos tão maléficos para a população, sobretudo a mais carente”. A observação é feita pela professora-doutora Terezinha Albuquerque, do Departamento de Ciências Sociais e Política (DCSP) da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FAFIC/UERN).

A docente se refere especialmente às questões mais polêmica da proposta de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, tais como redução no valor do Benefício de Prestação Continuada (BCP), regras mais rígidas para a aposentadoria rural, aumento do tempo de contribuição para mulheres e o sistema de capitalização.
“A capitalização, por exemplo, não vai gerar bons resultados para o povo. Além de reduzir o valor da aposentadoria, porque acabam-se com as contribuições patronais e a contrapartida do governo, vai deixar uma massa grande de aposentados sem receber, pois o governo ainda não disse se vai assumir o passivo que vai ficar quando os trabalhadores deixarem de contribuir para os regimes que existem hoje”, analisa.
Para Terezinha Albuquerque, que trabalha pesquisando políticas públicas, um dos mais prejudicados com as novas regras, caso sejam aprovadas, serão os servidores públicos. “E não serão apenas os servidores públicos federais que serão impactados. Os dos Estados e municípios também”, acredita. A professora acrescenta ainda que nos moldes em que está posta, a Reforma da Previdência vai aumentar ainda mais as desigualdades sociais. E lamenta que a sociedade não esteja pressionando de forma ativa para que a proposta seja alterada. “O governo fragmentou a sociedade de tal forma que as pessoas não atentaram para os graves problemas que a proposta trará”, finaliza.
Portalrn.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário