A terra de Manoel Torquato de Sousa, tem história e tradição em derrubar quem não trata bem o seu povo. Foi o Distrito de Carnaubais, que no início dos anos 60 deu a vitória a ex-prefeita Maria Olímpia (Maroquinha), primeira e única mulher a governar o Assú. Foi a Carnaubais do deputado estadual Olavo Lacerda Montenegro, que tendo sido emancipada por ele, impôs a candidatura a prefeito do seu irmão João Batista Lacerda Montenegro e perdeu.
João Batista, irmão do deputado, rico, novo, bonito, solteiro, a prefeitura na mão do prefeito Rivadávia Alves, nomeado por eles, o governador Aluízio Alves triunfando no Rio Grande do Norte, o povo carnaubaense escolheu para ser o seu primeiro prefeito eleito, um operário sindicalista das salinas, Valdemar Campielo, não tomou conhecimento do poderio do mesmo, e a grande maioria do povo carnaubaense elegeu Valdemar Campielo.
Em 1965, era início do regime militar, Valdemar Campielo era perseguido, fez sua campanha as escondidas, andava a meia noite nas casas dos seus eleitores. Abertas as urnas o povo de Carnaubais a seu modo, deu a resposta elegendo Valdemar a prefeito do nosso município. Para o amigo leitor ter ideia como se deu a rivalidade e a intolerância dessa eleição, Valdemar ganhou, mas não pôde nem comemorar a sua vitória, a passeata que saiu da casa do ex-vereador Verdi Cortês para o centro da Cidade Histórica, foi interrompida para que não ocorresse mortes naquele dia de alegria dos partidários da bandeira vermelha em nosso município.
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